quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Grávida transmitiu cancro ao seu bebé no útero



Pode uma mãe transmitir um cancro ao seu bebé ainda por nascer, através da placenta, como se de um contágio se tratasse? E se assim for, como é que as células cancerosas da mãe não são imediatamente reconhecidas como estranhas pelo sistema imunitário do feto e eliminadas?


Para responder a todas estas perguntas, baseamo-nos no caso de uma japonesa de 28 anos, aparentemente saudável, que deu à luz uma menina igualmente bem de saúde. Porém, a mãe acabou por morrer, um mês e meio após o parto, de uma leucemia aguda. E, passados 11 meses, a menina deu entrada no hospital com um inchaço na bochecha: um linfoma. A criança, hoje com três anos, encontra-se em remissão.
Desde meados do século XIX conhecem-se 17 casos de provável passagem de metástases da mãe para o feto. No entanto, só agora, é que se pode afirmar sem qualquer ambiguidade, que o cancro do bebé é de origem materna.
Os cientistas compararam o perfil genético das células de ambos os cancros e concluíram que eles eram, de facto, idênticos. Mas não houve aqui transmissão para os genes da filha de uma mutação genética responsável pelo cancro da mãe. O que se verificou foi uma transmissão directa das células cancerosas da mãe, durante a gravidez.
Os investigadores quiseram perceber como as células cancerosas tinham conseguido sobreviver e proliferar num outro corpo - e descobriram que, nessas células, um troço de ADN associado à identidade imunitária estava ausente, o que as tornava virtualmente invisíveis para o sistema imunitário da menina.
 Por fim, é importante realsar a ideia de que a transferência mãe-filho do cancro é raríssimo e que as hipóteses de uma mulher grávida vir a transmitir um cancro ao seu futuro bebé são muito remotas, mas, no entanto, possíveis. 



Foi assim mais uma curiosidade relacionada com o nosso tema !!!

1 comentário:

  1. Olá
    Sempre a surpreender-nos com novidades fresquinhas!
    Força e muito ânimo para o vosso trabalho
    PARABÉNS!!!

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